O Voz Base não gera renda. Nunca gerou. E tudo bem.
Não ganhamos um centavo com o projeto — e talvez seja justamente isso que nos dá liberdade.
Nosso sucesso se mede por realização, bem-estar e coerência.
O Voz Base nasceu de tudo o que a gente não tinha.
O conceito foi criado como resposta ao que nos impedia de seguir.
A falta virou método. A precariedade virou escola.
Sabemos exatamente o que queremos — e, principalmente, o que não queremos.
Hoje, o Voz Base é uma oficina permanente:
um espaço onde treinamos, ensaiamos, nos divertimos e apresentamos os frutos desse processo entre uma edição e outra.
É a nossa forma de viver a música e a poesia.
Também é uma ponte.
Ligamos artistas e poetas locais — muitas vezes escanteados pelo mesmo sistema que finge que a gente não existe
e que insiste em dizer o que podemos ou não fazer, o que podemos ou não ser.
Não oferecemos cachê.
Todas as pessoas que participam o fazem porque compreendem nossa proposta:
criar um espaço onde a música e a poesia sejam as verdadeiras protagonistas.
Um lugar para ouvir e ser ouvido com atenção e respeito.
O Voz Base é, acima de tudo, um ato contínuo de resistência e criação.
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