terça-feira, 22 de julho de 2025

Atenção!

Meus amores!
Quem puder curtir, comentar e compartilhar esse post vai me ajudar muito a espalhar a palavra 💛

Queria contar um pouquinho sobre a Casa Plural, que é bem diferente dos espaços onde costumamos nos apresentar.
É um estúdio musical, com ensaios, shows e produção artística. Um espaço totalmente voltado pra música — não é restaurante, nem bar.

Claro, tem um bar de apoio, com água, cachaça, whisky, cerveja, salgados e petiscos... Mas o foco aqui é a arte.
No ambiente do show, não haverá mesas — apenas cadeiras, pra sentar, ouvir, e ser ouvido, do jeitinho que a gente gosta.

Vocês podem sim comprar uma bebidinha ou um lanchinho, mas lembrem-se:
👉 A prioridade é a escuta, o encontro, a partilha.

A casa é pequena e os lugares são por ordem de chegada.
Começamos pontualmente às 20h30.

Cheguem cedo, se organizem com carinho, e venham viver essa noite com a gente — com a música da Ana Lima e a poesia do Ricardo Selbach. Vai ser bonito demais!

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Lgbtfobia é crime!

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Normalizar a "piadinha" é a garantia da manutenção da morte de corpos queer.

Quando uma pessoa tentar fazer uma "piada" preconceituosa perto de ti,  NÃO RI. Diz pra pessoa que tu não entendeu e pede pra ela explicar.  Se a pessoa tiver o mínimo de vergonha na cara e discernimento ela vai perceber.  Lgbtfobia é crime.
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#lgbtfobiaécrime #erradoéopreconceito #orgulholgbtqiapn #queer #nonbinary #não-binária

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Não é sobre ti. Mas se doeu, talvez seja.



É muito difícil ser Queer no país que mais mata pessoas LGBTQIAPN+ no mundo. Fica mais difícil quando a gente tem que viver na pele as violências diárias (sim, todos os dias, a qualquer hora, em qualquer lugar) e ainda precisa lidar com o egocentrismo da heterocisnormatividade, que sempre acha que tudo é sobre ela.

Se tu não é lgbtfóbico, se tu não desrespeita nem ataca pessoas LGBTs, a minha militância não é pra ti. Portanto, tu não deverias te ofender com o que eu digo. Muito menos me interromper pra te justificar e soltar um “nem todo mundo”.

Se tu te ofende... bem feito. Sinal de que o chapéu serviu. E nesse caso, tu é um problema teu. Não joga em mim as tuas responsabilidades contigo mesmo.

Muita gente se incomoda quando a gente fala sobre o comportamento lgbtfóbico, porque se reconhece no discurso — mas não tem coragem de assumir. Só que assumir é o primeiro passo pra parar de ser.

Todes fomos criades e treinades desde cedo pra performar gênero. E esse treinamento inclui racismo, machismo, lgbtfobia e aquela velha ideia patriarcal e obsoleta de que o mundo é dos homens brancos, héteros e cisgêneros.

Vivemos numa estrutura racista, machista, lgbtfóbica e infelizmente, mesmo sem querer, mesmo sem saber, a gente reproduz isso tudo e muito mais...até que tenha acesso à informação, autoconhecimento e capacidade de crítica. E aí começa um processo lento, contínuo e vitalício de desconstrução e aplicação dessa desconstrução na nossa vida diária.

Mas gente informada e em desconstrução é uma ameaça. Uma ameaça ao CIStema, ao patriarcado, à heterocisnormatividade compulsória — ou como tu preferir chamar. Gente que sabe o que quer, e principalmente o que não quer, é perigosa. Perigosa pra manutenção de um sistema que privilegia certos corpos e apaga outros.

Então, se uma pessoa LGBT te falar com fúria sobre a estrutura: não pessoaliza. Tira de ti esse peso, se ele realmente não te pertence.

Agora... se continuar doendo, talvez tu precise de terapia.

E de umas doses bem fortes de Judith Butler na veia.


#orgulholgbtqiapn #nonbinary #queer #mêsdoorgulholgbt #lgbtqiapn 


Imagem: Internet 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Crianças Trans existem

Aqui eu em 1985, com três anos fazendo Drag King... 
eu lembro que chorei muito nesse dia, porque na minha cabeça eu tinha que estar com um lindo vestido de prenda e não de colete e bombacha.

Como que explica pra mãe,  pro pai e pros padrinhos? Nem vocabulário eu tinha. Mas eu lembro da sensação,  porque ela se repetiu ano por ano durante muito tempo. 

Só parei de chorar porque eu amava o toquinho, esse cachorrinho que tá comigo na foto, que era do meu padrinho. Só pra dizer que com três anos eu já entendia quem eu era, só não tinha informação e liberdade pra isso. Depois disso passei um longo período interpretando uma bicha CIS até me entender como uma pessoa não-binária. 

E nessa época eu já apanhava do meu pai, quando ele me "flagrava"  usando as camisolas (que pra mim eram vestidos de princesa) e os sapatos de salto alto da minha mãe.

#orgulholgbtqiapn #nonbinary #queer #pansexual 

Prezado amigo CIS:

Gente, isso é conteúdo reflexivo. Não tem endereço, não é um ataque a ninguém especificamente, e sim ao patriarcado e a imposição de gênero...